Cuiabá - MT
Alta prevalência de problemas respiratórios em aldeias indígenas afetadas pelo fogo no Pantanal preocupa comunidades.

Falta de ar, tosse e desidratação aumentam em Mato Grosso, região indígena. Dsei Cuiabá oferece atendimento médico e suporte com EPIs.
Os incêndios em Mato Grosso, intensificados pela falta de chuva, estão gerando um aumento nos casos de atendimento médico devido a problemas respiratórios em comunidades tribais da área, principalmente no pantanal. De acordo com especialistas do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) de Cuiabá, sintomas como falta de ar e tosse, juntamente com casos de desidratação, são as principais preocupações.
A fumaça resultante das queimadas também está contribuindo para a poluição do ar, afetando não apenas as comunidades indígenas, mas também a população em geral. Medidas urgentes são necessárias para combater esse problema e proteger a saúde de todos os habitantes da região.
Problemas Respiratórios nas Comunidades Indígenas
Vanessa Truká, enfermeira do Dsei Cuiabá, destaca que os indígenas estão recebendo atendimento e suporte com EPIs (equipamentos de proteção individual) devido à intensa exposição à fumaça. Muitos necessitam de encaminhamento médico, especialmente aqueles na linha de frente combatendo os incêndios. A Secretaria de Estado da Saúde não possui números consolidados de atendimentos, mas o Inpe registrou 30 TIs afetadas na última semana.
Incêndios e Queimadas: Impacto nas Comunidades Indígenas
A Fepoimt solicita esforços conjuntos para conter as queimadas e apoiar as comunidades mais afetadas. O fogo já atingiu casas dentro das aldeias, afetando nascentes de rios, lagos, vegetação e animais. Três comunidades mais impactadas, Guató, Umutina e Perigara, estão na região pantaneira do estado, entre Barão de Melgaço e Poconé.
Poluição e Problemas Respiratórios: Desafios na Região Indígena
Eliane Xunakalo, presidente da Fepoimt, destaca que as comunidades estão enfrentando problemas respiratórios devido à inalação de fumaça. As áreas remotas e de difícil acesso tornam o socorro mais desafiador. O pneumologista Clóvis Botelho alerta para a situação crítica devido à baixa umidade do ar, potencializando os danos nas vias aéreas.
Fonte: @ Folha de São Paulo | UOL