Campinas - SP
Dengue: Epidemia em Campinas atinge 80 mortes confirmadas no ano.

Vítimas recentes incluem homem e duas mulheres com comorbidades, entre 21 e 84 anos. Cidade enfrenta epidemia de dengue com 120,2 mil casos. Busca ativa de criadouros e controle são essenciais para manejo clínico adequado de doenças preexistentes no período de calor.
Em Campinas (SP), a situação da dengue continua a ser um desafio, com o registro de mais três mortes por dengue confirmadas nesta segunda-feira (4), elevando o total para 80 óbitos em 2024. As vítimas, duas mulheres e um homem, tinham idades entre 21 e 84 anos e apresentavam comorbidades.
A dengue é uma das principais arboviroses que afetam a população brasileira, e a epidemia em Campinas é um exemplo disso. A doença pode ser grave, especialmente para pessoas com condições de saúde pré-existentes, como as vítimas recentes. A prevenção é fundamental para evitar a propagação da dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos. É importante tomar medidas para eliminar os focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti.
Dengue: A Doença que Assombra Campinas
Com 120.216 casos confirmados, a cidade de Campinas vive sua pior epidemia de dengue na história. Apesar das confirmações divulgadas pela prefeitura, as mortes ocorreram entre os dias 15 de junho e 21 de julho. A Secretaria de Saúde lamentou as mortes e se solidarizou com as famílias, destacando que casos que têm o óbito como desfecho dependem de fatores como a procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e doenças preexistentes.
As vítimas incluem um homem de 62 anos, com comorbidades, que foi atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Aurélia. Ele teve início dos sintomas em 9 de junho e o óbito ocorreu no dia 15 do mesmo mês. Além disso, uma mulher de 21 anos, com comorbidades, foi atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Campo Belo. Ela teve início dos sintomas em 13 de julho e o óbito ocorreu no dia 21 do mesmo mês. Outra vítima foi uma mulher de 84 anos, com comorbidades, que foi atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS São Bernardo. Ela teve início dos sintomas em 23 de maio e o óbito ocorreu em 25 de junho.
Medidas de Controle e Prevenção
A Secretaria de Saúde reforça a importância de medidas de controle e prevenção contra a dengue, como eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouros para o Aedes aegypti, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. Além disso, é fundamental vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados. A intensificação do período de calor favorece a proliferação do mosquito, por isso é importante reforçar a importância do descarte adequado de todo material em desuso que possa conter ovos e acumular água, servindo de criadouros.
Fausto de Almeida Marinho Neto, coordenador do Programa de Arboviroses de Campinas, destaca que ‘a intensificação do período de calor favorece a proliferação do mosquito. Por isso, reforçamos a importância do descarte adequado de todo material em desuso que possa conter ovos e acumular água, servindo de criadouros. Separe dez minutos por semana, isso faz toda a diferença para a prevenção e combate à dengue’.
Prevenção e Combate à Dengue
O pico de transmissão da dengue em Campinas neste ano ocorreu no período entre 7 e 13 de abril. Embora a cidade tenha declarado fim do estado de emergência, permanece em epidemia. A Secretaria de Saúde recomenda aos moradores que, caso apresentem febre, procurem centros de saúde ‘imediatamente para diagnóstico clínico’ e não banalizem os sintomas ou façam automedicação. As medidas de prevenção e combate à dengue devem ser contínuas e realizadas o ano todo pela população, inclusive durante o inverno.
Fonte: @ G1