Descontrole policial em São Paulo: quando a tropa perde o controle.

Abordagem policial no Jardim Santa Amália, Campinas (SP), gerou descontrole da tropa, afastando agentes das ruas para investigação, capturada por câmera de segurança.

Um caso recente de violência policial em Campinas (SP) chocou a população ao mostrar um policial militar agredindo uma dona de casa com um soco no rosto durante uma abordagem. Esse incidente é apenas um exemplo de uma série de casos que têm gerado preocupação sobre o comportamento dos policiais no estado.

Segundo Claudio Aparecido da Silva, ouvidor das polícias de São Paulo, esse tipo de incidente reflete um ‘descontrole da tropa no estado’ e um ‘descaso com os direitos humanos’. A atuação dos policiais, incluindo agentes da PM, deve ser reavaliada para garantir que eles estejam agindo de acordo com os princípios da justiça e da segurança pública. É fundamental que os policiais sejam treinados para lidar com situações de forma mais eficaz e respeitosa, evitando casos de violência policial que podem ter consequências graves para a sociedade.

Descontrole da Tropa Policial em São Paulo

As últimas semanas têm sido marcadas por uma onda de denúncias relacionadas a arbitrariedades cometidas por policiais, o que nos deixa com a sensação de que há um descontrole da tropa da Polícia Militar no estado de São Paulo. Esse caso recente é um exemplo claro disso. O caso aconteceu no dia 21 de outubro no bairro Jardim Santa Amália, mas o vídeo foi divulgado pela EPTV, afiliada à TV Globo, na última segunda-feira (9). Nas imagens, é possível ver que três policiais cercaram a mulher e, em seguida, um deles desferiu um soco nela, que caiu no chão.

O caso demonstra o quanto a barbárie tem tomado conta dos policiais militares do estado. É importante que a gente reflita e exija que o Estado nos entregue uma política pública de segurança, a mais qualificada possível, e aquela política pública que consiga nos tratar como os cidadãos que nós somos. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) frisou que a Polícia Militar não compactua com desvios de conduta dos seus agentes e investiga o caso por meio de Inquérito Policial Militar (IPM). Além disso, garantiu que todo e qualquer excesso cometido por policiais será penalizado em conformidade com a lei.

Investigação e Denúncias

A Ouvidoria, órgão vinculado ao governo do estado, busca receber, encaminhar e acompanhar denúncias da população sobre a atuação policial. A mulher contou que o policial militar segurava algemas no momento do soco. As imagens da câmera de segurança mostram que o homem levou a mão ao cinto e pegou um objeto antes de agredir a moradora. O policial logo no começo já foi agressivo comigo com as palavras. Falou que se eu não ficasse quieta, ele iria quebrar minha cara. Ele me deu voz de prisão e eu perguntei o porquê. Ele disse ‘a senhora fica quieta ou eu vou quebrar sua cara’.

A mulher afirmou ter dito ao policial que não denunciaria a agressão por medo, mas que ‘Deus ia cobrar’. Ele falou ‘você pode denunciar na Corregedoria, onde você quiser, porque eu sei onde você mora’. E isso me deixou com mais medo ainda. A versão da polícia no boletim de ocorrência registrado na data da agressão é diferente da versão da mulher. Os policiais militares relataram que a mulher se negou a ir à delegacia, ‘além de ter dito que os policiais eram de merda e que não iria para a delegacia’. A Ouvidoria das polícias de SP recomenda prisão de policial após soco em dona de casa em Campinas.

Fonte: @ G1