Incêndio destrói áreas indígenas em Mato Grosso: Paredão de fogo atinge Parque Indígena Xingu.

Incêndio atinge Parque Indígena Xingu, destruindo casas, roças e áreas de floresta nas Terras Indígenas Capoto, com apoio da Federação dos Povos, Instituto Nacional de Pesquisas e Corpo de Bombeiros Militar.

Um incêndio de grandes proporções assola as Terras Indígenas Capoto Jarina e Parque Indígena Xingu, localizadas entre os municípios de São José do Xingu e São Félix do Araguaia, a 931 e 1.159 km de Cuiabá, respectivamente. O incêndio tem causado preocupação entre as autoridades e a população local.

O fogo tem se espalhado rapidamente, gerando chamas altas e queimadas em vastas áreas. A situação é crítica, e as equipes de combate ao incêndio estão trabalhando arduamente para controlar as chamas e evitar que o incêndio se alastre ainda mais. A situação é grave e exige ação imediata. A segurança da população e do meio ambiente é a prioridade.

Incêndio no Xingu: Fogo e Fumaça Ameaçam Aldeias Indígenas

Os focos de incêndio que começaram no dia 17 de agosto estão se aproximando de diversas aldeias indígenas, segundo lideranças locais, e formaram um ‘paredão’ de fogo e fumaça na quinta-feira (12). Um vídeo registrado pelo brigadista Lucas Kaiabi nas margens do rio Xingu mostra o momento em que a embarcação dos brigadistas passa próximo ao paredão. O prefeito de São José do Xingu, Sandro José Luiz Costa (UNIÃO), explicou que o fogo já atingiu uma faixa entre 20 km a 30 km e que a prefeitura do município está trabalhando junto aos órgãos para controlar a situação.

O vento está levando a faísca e aumentando o incêndio. A prefeitura colocou máquinas para fazer aceiros e tentar conter o fogo e impedir que avance, além de caminhões pipa. Estamos atuando junto com o Ibama, mas a área é muito grande e o município está coberto por fumaça. Até o momento, cerca de 41 terras indígenas foram afetadas pelas chamas, segundo a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt). O estado possui 46 povos e 86 terras indígenas, organizados em sete regionais, vivendo em todos os biomas do estado: Amazônia, Cerrado e Pantanal.

Incêndio no Xingu: Consequências Devastadoras

Segundo a Defesa Civil, cerca de 40 brigadistas atuam na região. O fogo já queimou casas, roças dos indígenas e muita floresta, na Amazônia em Mato Grosso. De acordo com o indígena Ronan Kayabi, que vive na aldeia no Alto Xingu, próximo à cidade de Marcelândia, a 717 km de Cuiabá, diversos indígenas voluntários tentam controlar o fogo, mas a fumaça dificulta o trabalho. Segundo ele, o fogo está mais próximo das aldeias: Parureda, Caiçara e Tuba Tuba. ‘Não tem como sair, o ambiente aqui só de fumaça e até o momento os brigadistas indígenas estão em campo tentando conter o fogo. Mas tem outros focos de incêndios aqui no Xingu além desse do vídeo. Os brigadistas não estão dando conta!’, diz.

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso informou que mais de mil brigadistas combatiam 49 incêndios florestais no estado até essa quinta-feira (12). A Federação também informou que as consequências do fogo estão devastando plantações usadas para sustento dos povos indígenas e mudanças temporárias de moradias. O fogo está causando danos irreparáveis à natureza e às comunidades indígenas.

Incêndio no Xingu: Dados Alarmantes

De acordo com o monitoramento de queimadas feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado lidera o ranking de área queimada no Brasil em 2024. Entre janeiro e agosto deste ano, o estado concentrou 21% da área atingida pelo fogo no país, com 2,3 milhões de hectares queimados. Em agosto, o Cerrado foi o bioma com a maior área queimada, com 2,4 milhões de hectares, ou 43% de toda a área queimada no Brasil no período. A Amazônia vem em seguida, com 2 milhões de hectares queimados. O incêndio no Xingu é apenas um exemplo dos muitos incêndios que estão devastando o país. É preciso tomar medidas urgentes para combater o fogo e proteger a natureza e as comunidades indígenas.

Fonte: @ G1