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Cuiabá - MT

Incêndio devastador: Parque Indígena Xingu registra mais de 34 mil hectares queimados em MT após paredão de fogo.

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Incêndios destruíram mais de 110 mil hectares em terras indígenas Capoto Jarina e Parque Xingu, de janeiro até agora, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais.

As terras indígenas Capoto Jarina e Parque Indígena Xingu, localizadas entre os municípios de São José do Xingu e São Félix do Araguaia, a 931 e 1.159 km de Cuiabá, respectivamente, estão enfrentando um desafio colossal com o surgimento de um incêndio devastador que já consumiu mais de 110 mil hectares, de acordo com o mais recente levantamento do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa). Esse incêndio tem causado preocupação entre as autoridades e a população local.

O fogo tem se espalhado rapidamente, gerando chamas altas e queimadas em vastas áreas, o que torna o combate ao incêndio ainda mais difícil. A formação de um ‘paredão de fogo’ é um dos principais obstáculos para os bombeiros e equipes de resgate, que lutam para controlar a situação e evitar que o incêndio se espalhe ainda mais. A situação é crítica, e é fundamental que sejam tomadas medidas urgentes para conter o incêndio e proteger a região.

Incêndio Devasta Terras Indígenas em Mato Grosso

Os dados mais recentes revelam que, desde janeiro, a terra Capoto Jarina perdeu 82,1 mil hectares para o incêndio, o que equivale a 12,9% do território. Já o Parque Xingu perdeu 1,3% da área total, ou seja, foram 34,3 mil hectares consumidos pelo fogo. As chamas estão se aproximando de diversas aldeias, colocando em risco a saúde dos moradores locais.

Um vídeo registrado pelo brigadista Lucas Kaiabi, às margens do rio Xingu, mostra o momento em que a embarcação dos brigadistas passa próximo ao paredão de fogo e fumaça. As lideranças indígenas da região afirmaram que os focos, que começaram no dia 17 de agosto, estão se aproximando de diversas aldeias e colocam em risco a saúde dos moradores locais.

Segundo o supervisor federal do Prevfogo, Guto Dauster, ainda existem focos de incêndio a serem combatidos nas terras indígenas e a prioridade, neste momento, é salvar a população que vive no local. ‘No momento, a prioridade está sendo salvar as aldeias e as vidas. Ainda existem cinco focos de incêndio, estamos tentando controlar, mas nossa força está direcionada para salvar as aldeias próximas’, enfatizou.

Impacto nas Terras Indígenas

Até o momento, cerca de 41 terras indígenas foram afetadas pelas chamas, segundo a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt). O estado possui 46 povos e 86 terras indígenas, organizados em sete regionais, vivendo em todos os biomas do estado: Amazônia, Cerrado e Pantanal. Segundo a Defesa Civil, cerca de 40 brigadistas atuam na região.

O fogo já queimou casas, roças dos indígenas e muita floresta, na Amazônia em Mato Grosso. A Federação também relatou que os incêndios estão devastando plantações essenciais para o sustento dos povos indígenas e forçando mudanças temporárias de moradia.

Monitoramento de Queimadas

De acordo com o monitoramento de queimadas feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado lidera o ranking de área queimada no Brasil em 2024. Entre janeiro e agosto deste ano, Mato Grosso concentrou 21% da área atingida pelo fogo no Brasil, com 2,3 milhões de hectares queimados. Em agosto, o Cerrado foi o bioma com a maior área queimada, com 2,4 milhões de hectares, ou seja, 43% de toda a área queimada no Brasil durante esse período. A Amazônia vem em seguida, com 2 milhões de hectares queimados.

Plano Emergencial

Na quarta-feira (11), a Defensoria Pública da União (DPU) enviou um ofício ao Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo e ao Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Federal (Ciman Federal), solicitando ações imediatas para combater os incêndios que devastam terras indígenas em Mato Grosso. Entre as medidas urgentes solicitadas estão o envio de recursos humanos e materiais, incluindo o uso das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança. A DPU também pediu a elaboração de um plano emergencial específico para os povos indígenas, com foco na prevenção e controle das queimadas e no atendimento às comunidades afetadas.

Fonte: @ G1

Olá, sou Felipe Cavalcanti, um redator especializado em cobrir as complexidades do cenário político e econômico. Minha paixão está em analisar os fatos e apresentá-los de forma clara e objetiva para ajudar meus leitores a compreenderem os desdobramentos mais recentes. Gosto de mergulhar em dados e tendências, oferecendo insights sobre o que está por vir e como as decisões políticas podem impactar o nosso futuro. Estou sempre em busca de trazer a notícia com precisão e profundidade.

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