Operação Gomorra: Desvendando a Fraude em Mato Grosso

Grupo preso na Operação Gomorra é investigado por fraude em licitações, desvio de recursos e manipulação de contratos fraudulentos em mais de 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso.

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) revelou um esquema complexo de fraude que envolvia seis indivíduos presos na Operação Gomorra, deflagrada recentemente. A fraude era o principal objetivo desse grupo, que buscava obter vantagens ilícitas por meio de licitações fraudulentas e desvio de recursos em Barão de Melgaço, localizada a 121 km de Cuiabá.

De acordo com as investigações, o esquema de fraude envolvia uma rede de irregularidades e corrupção que permitia aos investigados obter benefícios indevidos. A corrupção era um dos principais meios utilizados para garantir a execução do esquema, que envolvia a manipulação de licitações e a transferência de recursos para contas bancárias de terceiros. A fraude era o cerne do esquema, e os investigados utilizavam todos os meios necessários para garantir sua execução.

Esquema de Fraude em Licitações Públicas

De acordo com o Ministério Público (MP), um grupo liderado por Edézio Corrêa foi responsável por um esquema de fraude que envolvia a manipulação de processos licitatórios em mais de 100 prefeituras e câmaras municipais. O grupo contava com a ajuda de familiares e sócios, incluindo Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros, Jânio Corrêa da Silva, Eleide Maria Correa e Karoline Quatti Moura.

Para viabilizar o esquema, quatro empresas foram criadas com o objetivo de firmar contratos fraudulentos com as prefeituras e câmaras municipais. Cada integrante da organização ficou responsável pela administração de uma dessas empresas, garantindo o funcionamento do esquema e a manipulação dos processos licitatórios.

O esquema de fraude consistia em manipular processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos entre a administração pública e empresas de fachada. O modus operandi envolvia a participação ativa de prefeitos municipais, que, como ordenadores de despesa, facilitavam a fraude e garantiam a continuidade do esquema, mesmo após a prisão de alguns dos investigados.

Desvio de Recursos e Corrupção

A investigação constatou que o grupo atuava principalmente em prefeituras do interior de Mato Grosso, sendo o município de Barão de Melgaço um dos principais alvos das fraudes. O esquema se tornava ainda mais evidente, com as empresas sendo contratadas para fornecer serviços e produtos que, na prática, nunca eram entregues, ou eram entregues de forma inadequada e superfaturada.

A investigação também revelou que Karoline Quatti Moura fazia movimentações financeiras suspeitas, movimentando mais de R$ 8,3 milhões para a Saga Comércio entre 2019 e 2020. Além disso, a investigação identificou quatro empresas que, embora legalmente registradas, eram utilizadas de maneira indevida para viabilizar as fraudes.

Medidas Cautelares e Prisão Temporária

Diante às fraudes, o Ministério Público solicitou à Justiça uma série de medidas cautelares para impedir que o grupo siga atuando. Entre as medidas requeridas, estão a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas no esquema e o afastamento do sigilo de dados eletrônicos. A Justiça manteve a prisão temporária dos integrantes do grupo.

A investigação também revelou que o esquema de fraude envolvia a corrupção de prefeitos municipais e a manipulação de processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos. O caso é um exemplo de como a fraude e a corrupção podem ser utilizadas para desviar recursos públicos e prejudicar a administração pública.

Fonte: @ G1