Campinas - SP
Operação Policial Desmantela Poderosa Organização Criminosa que Lavou R$ 7,5 Bi Através de Bancos Ilegais

Clientes de fintechs incluem facções criminosas e empresas com dívidas trabalhistas e tributárias, envolvendo lavagem de capitais e evasão de divisas.
A Receita Federal (RF), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) se uniram em uma ação conjunta nesta quarta-feira (28) para combater uma organização criminosa que operou um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e ocultação de patrimônio, movimentando um total de R$ 7,5 bilhões.
A operação desencadeada pelas autoridades visava desmantelar o esquema sofisticado da quadrilha envolvida nas atividades ilícitas, que utilizava diversas estratégias para ocultar a origem dos recursos ilícitos. A atuação conjunta dos órgãos de segurança e fiscalização foi crucial para desbaratar as ações da organização criminosa e garantir a aplicação da justiça.
Operação desmantela organização criminosa
Segundo informações policiais, um grupo criminoso criou dois bancos digitais sem autorização do Banco Central do Brasil, com clientes que incluíam facções criminosas, empresas com dívidas trabalhistas e tributárias. A ação se concentrou em pessoas físicas e jurídicas em diversas cidades, como São Paulo, Osasco, Campinas e Belo Horizonte.
Receita Federal intensifica investigação
A Receita Federal realizou buscas em 12 empresas para apreender documentos de interesse tributário, suspendendo judicialmente 194 empresas ligadas à organização criminosa. Além disso, foram bloqueados R$ 850 milhões em contas associadas ao grupo criminoso, incluindo a licença de advogados e contadores envolvidos no esquema.
Descobertas nas sedes dos bancos ilegais
Durante as buscas, foram encontradas sedes de bancos que hospedavam as fintechs ilegais e não reportaram transações suspeitas ao COAF. A Receita Federal, com autorização judicial, iniciou medidas fiscais durante as investigações em pessoas jurídicas ligadas ao esquema.
Funcionamento da organização criminosa
Os dois bancos digitais ofereciam contas clandestinas para transações financeiras ocultas, movimentando R$ 7,5 bilhões. As contas eram anunciadas como seguras e blindadas, permitindo um estilo de vida luxuoso aos envolvidos, incluindo facções criminosas e empresas devedoras.
Esquema de lavagem de dinheiro
Além das contas bolsões, a organização utilizava máquinas de cartão de crédito em nome de empresas fictícias para lavar dinheiro e pagar atividades ilícitas de forma discreta. A investigação identificou todas as conexões com as atividades ilegais, responsabilizando tanto os líderes quanto os apoiadores logísticos e financeiros.
Fonte: @ Band | UOL