Campinas - SP
Reforma do Mercadão de Campinas: Mudanças no Coração da Cidade Despertam Descontentamento entre Comerciantes e Visitantes.

Reforma do Mercado Municipal sofre atrasos, lojas transferidas para tenda provisória no estacionamento, Prefeitura promete entrega no final de janeiro.
Desde julho de 2023, o Mercado Municipal de Campinas, popularmente conhecido como Mercadão, está passando por uma reforma que promete revitalizar o local, mas que também está afetando as vendas de fim de ano. A expectativa é que o Mercadão volte a ser um ponto de encontro para os campineiros e visitantes, oferecendo uma experiência de compras mais agradável e segura.
No entanto, a reforma do Mercado de Campinas está levando mais tempo do que o esperado, o que está preocupando os comerciantes locais. Com a proximidade do Natal e Ano Novo, a expectativa é que o Mercadão esteja pronto para receber os clientes, mas até agora, não há uma data certa para a conclusão das obras. A reforma é necessária, mas a demora está afetando a economia local. Os comerciantes estão ansiosos para que o Mercado Municipal de Campinas volte a ser um local de referência para a cidade, atraindo mais clientes e gerando mais receita para os vendedores.
O Mercadão em Reforma: Descontentamento e Prejuízos
Desde o início da reforma do Mercado Municipal de Campinas, os permissionários tiveram que se adaptar a uma nova realidade. Suas lojas foram realocadas para a área do estacionamento, onde foram instaladas em uma tenda temporária. Embora essa medida tenha permitido que as atividades comerciais continuassem, ela também gerou descontentamento entre os comerciantes e visitantes.
O calor excessivo dentro da tenda é um dos principais problemas. Além disso, a falta de espaço nos boxes para estoques e a inexistência de um estacionamento adequado têm causado prejuízos significativos. ‘Essa lona aqui é quente demais, e os equipamentos não resolvem nada’, afirma Salvador Albuquerque, visitante do Mercadão há 30 anos. ‘Tem gente que quer vir aqui comprar alguma coisa, mas não pode vir por causa disso. Tem que ficar carregando sacola na mão, não tem estacionamento, não tem nada aqui.’
Tradição e Descontentamento no Mercadão
Silvana Aparecida Barbosa é uma das comerciantes que têm uma longa história no Mercadão. Ela vende pimenta há 25 anos e frequenta o local desde que era criança, quando seus pais vendiam verduras desde 1958. No entanto, desde a mudança para a tenda provisória, ela perdeu clientes e considera o calor e a falta de estacionamento os maiores problemas do novo espaço.
Outro comerciante que trabalha no local há muitos anos é Felipe Bandeira Peres. Ele conhece o Mercadão desde que era criança, quando seu avô era o proprietário da loja onde ele trabalha. ‘Meu vô tinha um box, depois meu pai comprou ao lado. Então eu desde criança sempre acompanhei aqui. Nasci aqui no mercado, a vida inteira trabalhei aqui’, lembra. Ele explica que a própria mudança já gerou gastos com acessórios como bancadas e mostradores de produtos que não eram necessários dentro do mercado.
Além disso, o edifício possuía espaços para guardar estoque, alguns boxes até mesmo câmeras frias. Mas acredita que o maior impacto foi na diminuição do público que, segundo Peres, na banca dele caiu pelo menos 50% após a transferência. E identifica a falta de estacionamento como um dos principais motivos. ‘O público parece que não se adaptou tanto porque o acesso fica difícil. A gente tá aqui onde que seria o que era o estacionamento, então o mercado ficou sem estacionamento, com acesso mais difícil.’
O Futuro do Mercadão
A reforma do edifício do Mercado Municipal de Campinas é um importante centro de comércio e abastecimento para a região. No entanto, é fundamental que as autoridades responsáveis pelo projeto ouçam as demandas dos comerciantes e visitantes e tomem medidas para resolver os problemas existentes. O Mercadão é um patrimônio cultural e econômico da cidade, e é importante que ele continue a ser um local de encontro e comércio para a comunidade.
Fonte: @ G1